quinta-feira, 20 de março de 2014

Cinema, instrumento da aula interativa



Tarcyana dos Santos Silva – Graduanda em Pedagogia/UEPB
Monitora de Extensão-PROEX/UEPB
Membro do Grupo de Pesquisa “Educação, Infância e Cultrua Visual”/UEPB-CNPq

Analisar as possibilidades do emprego de filmes na sala de aula interativa permite depararmos com professores que disponibilizam os filmes aos alunos de modo interativo. O convívio com os filmes inseridos nos meios de convivência quer sejam nas casas, nas salas de cinemas, nos cineclubes, entre outros, aumenta a probabilidade de inserir a cinematografia apenas como divertimento, haja vista que é uma prática usual em quase todas as camadas sociais da sociedade, podendo despertar nas pessoas a ideia de que, ao trabalhar filmes na educação tornar-se-ia uma forma de “enrolar” os alunos, sendo assim tentamos resaltar que o cinema é um objeto do conhecimento.   

Mesmo havendo os vertiginosos crescimentos das tecnologias da informação, tais como as televisões, os DVDs e computadores, nos seios da sociedade e principalmente nas práticas pedagógicas, não foram suficientes para que o cinema (filmes) fosse visto pelos meios de educação, como uma fonte de transmissão do conhecimento. Assim sendo, as ideias impregnadas no consciente da sociedade, que são apenas diversões e entretenimentos, são reforçadas.  Quando os professores faz uso desse instrumento como recurso didático, ao ilustrar de forma lúcida e atraente os conhecimentos retirados de fontes “confiáveis”, ou melhor, livros didáticos, jornais, textos científicos e etc., sendo assim os filmes são meros “figurantes”.

A implantação dos filmes em primeiro plano deve ser visto como produto de conhecimentos e elemento de reflexão nas salas de aulas, cabendo aos professores/mediadores conhecerem os elementos desse instrumento que refletem as várias sociedades nas distintas temporalidades, analisando os discursos explícitos, implícitos, externos e internos em diferentes caminhos.  Os conteúdos da aula interativa devem ser escolhidos pelo professor, que por sua vez, demonstrará domínio de conteúdo, para que os discentes possam criar seus projetos e conduzir suas explorações, individualmente e em cooperação.

A título de exemplo os professores de história não são apenas facilitadores, são formuladores de problemáticas, provocadores de interrogações, sendo uns dos profissionais da educação básica que mais se utilizam desse instrumento, sejam filmes ou documentários nas aulas. Contudo em segundo intento, ou seja, apoiando os textos científicos, modelo de uso presente na educação desde a década de 30, estando de modo marcante na década de 60. 

Valer-se do instrumento cinematográfico em concepções de primeiro intento requer o entendimento e estudo dos códigos, pois os filmes não são apenas utilizados para expressar ou reiterar os conteúdos de História, mas também “ensinar o respeito aos valores, crenças e visões de mundo que orientam as práticas dos diferentes grupos sociais que integram as sociedades complexas.” (Duarte, 2002 p.90)

Vale salientar que, a implantação dos recursos cinematográficos na educação brasileira  está caminhado de forma lenta. Utilizamos como base na diversificação da educação, partido do pressuposto que não são apenas nos recursos humanos que precisa de investimento, mas também na infraestrutura da escolarização brasileira, pois ao apoiar a cinematografia afirmar-se a potencialidade dessa cultura para ampliação da criticidade dos alunos e a instigação do rompimento dos paradigmas tradicionais e implantar na educação para os jovens do século XIX, das várias camadas sociais.    

Referência:
DUARTE, Rosália. Cinema na escola. In: Cinema e Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002 (p. 85-96)
URL: http://www.saladeaulainterativa.pro.br/19-02-2014