Ednalva Figueira Silva - Graduanda em
Pedagogia/UEPB
Cursista do Componente de Aprofundamento Introdução Aos
Estudos Culturais em Educação/Pedagogia-UEPB
Bolsista de PIBIC/UEPB-CNPq
Professora do Ensino Fundamental
Bolsista de PIBIC/UEPB-CNPq
Professora do Ensino Fundamental
SIMON,
Roger I. A pedagogia como uma tecnologia cultural. In: SILVA, Tomaz Tadeu da
(Org). Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em
educação. Petrópolis: Vozes, 1995. (p. 61-84)
Roger
Lichtenberg Simon (nascido 22 de Novembro, 1943), tem pós-graduação do colégio
Dart Mouth e da Universidada Yale School de Drama. É um romancista e roteirista
norte-americano. Ele é o autor de dez livros, incluindo o Moisés Wine detective
series, e seis guiões. Ele tem servido como presidente da Costa Oeste ramo da
caneta, um membro do Conselho de Administração da Guilda dos Escritores da
América, e foi para a faculdade Instituto American Film e Instituto Sundance.
Simon discute a pedagogia como um campo de
possibilidades, de desenvolvimento de um trabalho prático e crítico, de
redefinição da hegemonia escolar, para que venha a torna-se um espaço de
semiose, de articulação de variadas práticas culturais. Frente a essa
discussão, são apresentadas as dificuldades presentes na educação, como a
constituição do currículo, em que a escola aparece como reflexo da sociedade, Curtis
(1988), Goordson (1987 e 1988) e Popkewitz (1987), afirmam esse posicionamento,
e as políticas educacionais, as quais estão incumbidas da relação de poder, que
contribui para que educadores (as) sintam-se incapacitados de viver na prática
tal proposta educativa. Sobre o conceito de relação de poder, Foucault, vem a
lhe subsidiar culminando com sua visão ao destacar que o poder direciona pra
uma conduta e uma ordem.
Para argumentar a pedagogia como tecnologia
cultural, uma área que deve voltar o olhar para a cultura vivenciada
socialmente que para sala de aula é remetida pelos alunos e que estas vivencias
produzem ensinamentos, contém uma pedagogia que pode ser descartada, Simon
apóia-se nos trabalhos de Heidegger (1977), Grant (1969), Foucault (1979) e
Louretis (1984). Começa por destacar a tecnologia em uma vertente filosófica e
política, relacionando-a a arte, já que em ambas faz necessário o conhecimento
e a produção, seguindo o mesmo pensamento Heidegger (1977) postula que a
tecnologia é associada à noção de poiesis
em que faz necessário para obter uma finalidade uma organização e
regulação. Deleuze (1988) também traz que a tecnologia antes de ser técnica é
cultural.
Na relação tecnologias culturais e pedagogia,
a tecnologia cultural é um aparato de semiose, o autor argumenta que a escola,
o cinema, o teatro, dentre outros, são campos de predominância tecnológica e
por trás deles existe uma cultura, que conduz a práticas, ditam normas escritas
e visões de mundo, por tanto, há uma pedagogia que é ensinada de maneira muito
sutil, que vem a ser adquirida e usada cotidianamente. “[...] as tecnologias
culturais reúnem posições a partir das quais as pessoas constroem formas
visuais, escritas, auditivas ou gestuais de “textualidades” e se dirigem a outros
através dessas textualidades [...]”.
Por fim, Simon argumenta que uma articulação
entre trabalho cultural visto em uma perspectiva crítica nas pedagogias
progressistas, a qual não deve permitir que os sujeitos em contato com
tecnologias culturais como: revistas, filmes, livros, novelas..., absorva as
coisas tão como se encontram sem fazer uma reflexão crítica do que lhe é
apresentado. Estas não podem ser vistas como verdades absolutas, para
exemplificar o autor apresenta o fato da prática fotográfica de documentário
está passando por um reexame e traz a discrição de Abigail Solomon-Godeau
frente ao trabalho fotográfico de Connie Hatch, que é usado para demonstrar a
relevância dos estudos culturas para proporcionar uma pedagogia crítica, capaz
de adentrar no imaginário social, fazendo dos educando-os sujeitos ativos,
pensantes que agem e promovem transformações.
O texto esta dirigido a todo profissional do
campo da educação, principalmente a educadores (as), é endereçado à área dos
estudos culturais, mas pode ser adotado por todas as licenciaturas.