Tarcyana dos
Santos Silva – Graduanda em Pedagogia/UEPB
Monitora de
Extensão-PROEX/UEPB
Membro do Grupo
de Pesquisa “Educação, Infância e Cultrua Visual”/UEPB-CNPq
Analisar as possibilidades do
emprego de filmes na sala de aula interativa permite depararmos com professores
que disponibilizam os filmes aos alunos de modo interativo. O convívio com os
filmes inseridos nos meios de convivência quer sejam nas casas, nas salas de
cinemas, nos cineclubes, entre outros, aumenta a probabilidade de inserir a
cinematografia apenas como divertimento, haja vista que é uma prática usual em
quase todas as camadas sociais da sociedade, podendo despertar nas pessoas a
ideia de que, ao trabalhar filmes na educação tornar-se-ia uma forma de
“enrolar” os alunos, sendo assim tentamos resaltar que o cinema é um objeto do
conhecimento.
Mesmo havendo os vertiginosos
crescimentos das tecnologias da informação, tais como as televisões, os DVDs e
computadores, nos seios da sociedade e principalmente nas práticas pedagógicas,
não foram suficientes para que o cinema (filmes) fosse visto pelos meios de
educação, como uma fonte de transmissão do conhecimento. Assim sendo, as ideias
impregnadas no consciente da sociedade, que são apenas diversões e
entretenimentos, são reforçadas. Quando
os professores faz uso desse instrumento como recurso didático, ao ilustrar de
forma lúcida e atraente os conhecimentos retirados de fontes “confiáveis”, ou
melhor, livros didáticos, jornais, textos científicos e etc., sendo assim os
filmes são meros “figurantes”.
A implantação dos filmes em
primeiro plano deve ser visto como produto de conhecimentos e elemento de
reflexão nas salas de aulas, cabendo aos professores/mediadores conhecerem os
elementos desse instrumento que refletem as várias sociedades nas distintas
temporalidades, analisando os discursos explícitos, implícitos, externos e
internos em diferentes caminhos. Os
conteúdos da aula interativa devem ser escolhidos pelo professor, que por sua
vez, demonstrará domínio de conteúdo, para que os discentes
possam criar seus projetos e conduzir suas explorações, individualmente
e em cooperação.
A título de exemplo os professores de história não
são apenas facilitadores, são formuladores de problemáticas, provocadores de
interrogações, sendo uns dos profissionais da educação básica que mais se
utilizam desse instrumento, sejam filmes ou documentários nas aulas. Contudo em
segundo intento, ou seja, apoiando os textos científicos, modelo de uso
presente na educação desde a década de 30, estando de modo marcante na década
de 60.
Valer-se do instrumento cinematográfico em
concepções de primeiro intento requer o entendimento e estudo dos códigos, pois
os filmes não são apenas utilizados para expressar ou reiterar os conteúdos de
História, mas também “ensinar o respeito aos valores, crenças e visões de mundo
que orientam as práticas dos diferentes grupos sociais que integram as
sociedades complexas.” (Duarte, 2002 p.90)
Vale salientar que, a implantação dos recursos
cinematográficos na educação brasileira
está caminhado de forma lenta. Utilizamos como base na diversificação da
educação, partido do pressuposto que não são apenas nos recursos humanos que
precisa de investimento, mas também na infraestrutura da escolarização
brasileira, pois ao apoiar a cinematografia afirmar-se a potencialidade dessa
cultura para ampliação da criticidade dos alunos e a instigação do rompimento
dos paradigmas tradicionais e implantar na educação para os jovens do século
XIX, das várias camadas sociais.
Referência:
DUARTE,
Rosália. Cinema na escola. In: Cinema e
Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002 (p. 85-96)
URL: http://www.saladeaulainterativa.pro.br/19-02-2014