sábado, 20 de julho de 2013

OS DESENHOS DA DISNEY SÃO BONS PARA AS CRIANÇAS?







Tarcyana Dos Santos Silva
Graduanda em História (UEPB)
Monitora de Extensão/PROEAC-UEPB






A Disney, mundialmente conhecida do público infantil e adulto por produzir um mundo de fantasias representados nos seus personagens, é pouco questionada pelas mensagens por atrás das “fantasias”. Henry Giroux (2001), autor do artigo “Os filmes da Disney são bons para seus filhos?”, aborda as representações construídos pelos filmes animados produzidos pela Disney, destacando o seu papel em moldar a infância. Partido do pressuposto de que os personagens ditos infantis receberam novas roupagens para acompanhar o desenvolvimento dessas crianças, quer vão ser adolescentes e adultos, os produtos seguem a mesma faixa etária.
Para Giroux (2001), os desenhos animados operam em vários setores da comunidade, sendo mais persuasivo o seu papel de produtor da cultura e de ideologia, tomando o lugar das instituições (escolas, igrejas, famílias) anteriormente responsáveis pela transmissão de valores. Os valores difundidos pela Disney e reproduzidos no mercado quando as crianças se tornam consumidores ativos, preocupa pelo poder das crianças de convencimentos dos adultos na aquisição de produtos. Mas, há outras preocupações. Que mensagens ocultas são reproduzidas nos desenhos?

Os estereotípicos implícitos nas imagens poder alguns trazer as ideologias dos seus criadores. Para exemplificar esta situação, utilizaremos o filme A Pequena Sereia. A história tem como personagem central uma típica garota americana chamada Ariel, rebelde, com corpo de modelo, subordinada ao homem “pai”, que conhece um humano e faz um acordo com a bruxa Ursula para ter um par de pernas e, em trocar, perde a sua bela voz. Em suma, percebemos que esta representação de mulher submissa é tradicionalmente explorada pela Disney. Trazendo como personagem central uma mulher de beleza perfeita que não discorda das ordens dos dominantes, o filme reforma o papel da mulher submissa, fato bastante recorrente nestas produções. Os criadores optam por não mostrar as conquistas das mulheres. A ausência de representação nas telas de mulheres que não precisam do homem como provendo, que são mães, trabalham, mostram sim o preconceito existente na sociedade patriarcal e no cinema produzido pela Disney para o público.

“Um tipo de gênero estereotipado (...) que tem um efeito adverso nas crianças, em contrate com o que os pais pensam. (...) Os pais pensam que eles são essencialmente inofensivos­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ - e eles não são inofensivos” (Giroux, 2001, p. 98-99). Gostaria de destacar que o estúdio Disney não só utilizam o estereótipo de gênero, mas podemos encontrar também o racismo contra os negros, os preconceitos contra os nativos americanos e árabes. Percebe-se que os estereótipos são repetidos em diferentes graus e em diversas formas na linguagem, atitudes caricatas, dentre outras, em todos os filmes produzidos

Sabemos que as crianças estão bastante expostas a formas de manipulação, mas que também são dotadas de grande capacidade como ser humano, e mais tarde saberão filtra essas informações e criar seu próprio mundo. Contudo, cabe também aos educadores e pais problematizarem os conteúdos dos filmes e exigirem histórias representativas da sociedade do século XXI sem esquecer que além do entretenimento, eles filmes animados podem ser exemplos de utopias.

REFERENCIA:

GIROUX, Henry. Os filmes da Disney são bons para seus filhos? In: STEINBERG, Shirley R; KINCHELOE, Joe L. In: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­_____ (Orgs.). Cultura infantil: a construção corporativa da infância. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. (p. 87-108)











UP ALTAS AVENTURAS

Yara Gomes
Graduanda em Pedagogia (UEPB)
Monitora de Extensão/PROEAC-UEPB


“Spirit of Adventure” foi a grande conexão entre Carl, um menino tímido e reservado e Ellie, uma menina extrovertida e indisciplinada, diferença que não afetou o relacionamento dos dois. Carl e Ellie sonhavam em viver altas aventuras, viajar até a América do Sul com objetivo de chegar ao Paraíso das Cachoeiras, e assim uma bela história de amor se iniciava.
Do início ao fim, o filme retrata relacionamentos; o de Carl e Ellie, é o mais invejado, desejado, que nos faz sonhar. Mesmo que nos dias de hoje, os relacionamentos sejam tão artificiais, de pouca duração, cheios de infidelidade, causando desconfiança e desconforto, acabando com toda magia de amar e aprender com os erros a perdoar e viver dia após dia.
Depois da morte de Ellie, Carl Frederickson se viu na necessidade de realizar o sonho almejado pelos dois quando eram crianças. Então, pela pressão que recebeu para deixar seu lar, pendurou milhares de balões em sua casa para flutuar sobre ela e chegar na América do Sul. Todavia, depois de já estar a caminho, percebeu que Russel - o garotinho escoteiro que tinha como meta ajudar um idoso para ganhar seu último distintivo -, tinha ido junto. Para Carl, este foi um enorme transtorno. No entanto, Russel tinha um motivo a mais para ganhar o distintivo, o reconhecimento, carinho, atenção e amor, era o desejo do seu coração receber o que não tinha do pai. E assim, diante da convivência, Carl e Russel aprenderam a cuidar e se preocupar um com o outro.
Carl ao se encontrar com Charles Muntz, seu grande ídolo de infância, percebeu que ele não era nada mais do que um obcecado por Kevin (a ave rara) e seria capaz de fazer tudo por sua captura,  limpando o seu nome diante de todos, mas mostrando para nós expectadores as suas falhas, sua falta de caráter e honestidade. Lembrando, que outro idoso, Carl, também só conseguia pensar em si próprio. O desejo de Carl era maior do que tudo! Então, paramos para pensar e nos perguntar: O que somos capazes de fazer para realizar nossos sonhos? Será que às vezes vale apena passar por cima de alguém para conseguir o que queremos? Romper laços, ferir as pessoas, enganar, ver a necessidade do outro e não ajudar? Qual o preço do nosso sonho?
Russel, Dug (o cachorro com a coleira falante) e Kevin (a ave rara), estavam todos sendo rejeitados pela ignorância de Carl até que ele encontra as palavras escritas por sua amada e falecida Ellie: “Obrigada pela aventura. Agora parta para próxima.” Carl viu que toda a sua vida era uma aventura, e deveria fazer com que valesse a pena viver cada momento, amando quem estivesse ao seu redor, respeitando, valorizando e preservando relacionamentos que só iria lhe fazer bem. 
Então, percebemos que a nossa vida do início ao fim, é uma aventura e que precisamos vivê-la da melhor forma possível, amando e respeitando quem esta ao nosso lado, acreditando nos nossos sonhos. Portanto, diante de todos esses relacionamentos, percebemos que o amor é a grande necessidade da humanidade, as pessoas não sabem mais amar e muito menos deixarem-se ser amadas. Vivemos em tempos difíceis, no qual a maldade, o engano, a malícia querem reinar no nosso coração. Mas, e se a mudança começar de nós? Do nosso coração? De nossa forma de ver e interpretar o outro? A vida poderá ter mais sentido.

REFERÊNCIA:  

UP ALTAS AVENTURAS. Direção de Peter Docter e co-diretor, Bob Peterson, com produção de Jonas Rivera, editado por Kevin Nalting. 2008/2009. DVD (96 min.). Ntsc, som, color. Idiomas: inglês e português. Legendando em português.   













segunda-feira, 8 de julho de 2013

Curso de formação continuada em "Cinema & Educação"


O grupo de pesquisa "Educação, Infância e Cultura Visual", em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários/PROEAC da UEPB e a Coordenação de Geral de Educação/PMCG, oferece curso de formação continuada "Cinema & Educação". O curso será ministrado pela professora Senyra Martins Cavalcanti (DE/UEPB), possui carga horária total de 30 horas (divida em 2 semanas):
Tarde: 29/07 a 02/08/2013  e  19 a 23/08/2013, de 14 às 17hs, no auditório da Vila do Artesão.


A ficha de inscrição pode ser requisitada, preenchida e enviada por e-mail: cinematografouepb@gmail.com


Local de realização do curso: VILA DO ARTESÃO
Avenida Almeida Barreto, SN - Bairro São José, Cidade de Campina Grande - PB

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