Com um tom documental, os filmes listados abaixo possuem uma abordagem documental da ficção pela pretensão em mostrar a realidade ao invés de representá-la, constituindo um outro regime de representação: o que quer ser e/ou ficar perto da verdade. Nesse processo, a representação sobre os jovens que se pretende ser a verdadeira, na verdade é uma representação da representação favorecida pela enunciação e pelo anonimato do espectador. Neste contexto, o cinema é pura representação e não uma tradução da realidade. Da ficção científica aos filmes de guerra, os filmes contam uma história e constroem um mundo que se pretende real para o espectador. Mesmo os filmes sobre personagens e fatos históricos, não são reais. Os roteiristas vão buscar no repertório de suas culturas e sociedade de origem os temas para compor as históricas, mas ainda é uma encenação. O cinema é pura ilusão, cria, suprime lacunas, seleciona e articula elementos, mas se propõe a representar um mundo real, ser verdadeiro (guerras, vida em outro planeta, disputas amorosas, invasão alienígena, etc.). Independentemente de todas estas questões, os filmes listados abaixo merecem ser vistos e discutidos.
1- “Como Nascem os Anjos” (roteiro de Murilo Salles, Nelson Nadotti, Aguinaldo Silva e Jorge Durán, direção de Murillo Salles, 1996),
2- “Bicho de Sete Cabeças” (roteiro de Luiz Bolognese para livro de Austregésilo Carrano Bueno, direção de Laís Bodanzky, 2001),
3- “Cidade de Deus” (roteiro de Bráulio Mantovani para livro de Paulo Lins, direção de Fernando Meirelles e Katia Lund, 2002),
4- “Garotas do ABC” (roteiro de Fernando Bonassi e Carlos Reinchenbach, direção Carlos Reinchenbach, 2003),
5- “Amarelo Manga” (roteiro de Hilton Lacerda, direção de Cláudio Assis, 2003),
6- “Cidade Baixa” (roteiro de Sérgio Machado e Karim Ainouz, direção Sérgio Machado, 2005),
7- “Meu Tio Matou Um Cara” (roteiro de Jorge Furtado e Guel Arraes, direção de Jorge Furtado, 2005),
8- “Antonia, o filme” (roteiro de Tata Amaral e Roberto Moreira, direção de Tata Amaral, 2006),
9- “Os Doze Trabalhos de Hércules” (roteiro de Ricardo Elias, Cláudio Yoshida, Hilton Lacerda e Arthur Autran, direção de Ricardo Elias, 2007),
10- “Querô” (roteiro de Carlos Cortez, Luiz Bolognesi, Bráulio Mantovani para livro de Plínio Marcos, direção Carlos Cortez, 2007),
11- “Batismo de Sangue” (roteiro de Helvécio Ratton e Dani Patarra, direção de Helvécio Ratton, 2007),
12- “Cidade dos Homens” (roteiro de Elena Soarez e Paulo Morelli, direção de Paulo Morelli, 2007),
13- “Show de bola” (roteiro de Nick Weisman e Renê Belmonte, direção de, 2008),
14- “Linha de Passe” (roteiro de George Moura, Daniela Thomas e Bráulio Mantovani, direção de Walter Salles e Daniela Thomas, 2008),
15- “Última Parada 174” (roteiro de Bráulio Mantovani, direção de Bruno Barreto, 2008),
16- “Era uma vez...” (roteiro de Thiago Martins, Vitória Frate, Rocco Pitanga, Cyria Coentro, direção de Breno Silveira, 2008),
17- “Meu Nome não é Johnny” (roteiro de Mariza Leão e Mauro Lima para livro de Guilherme Fiúza, direção de Mauro Lima, 2008),
18- “Sonhos Roubados” (roteiro de Paulo Halm), Adriana Falcão, Sandra Werneck, José Joffily, Michelle Franz e Mauricio O. Dias para livro de Eliane Trindade, direção de Sandra Werneck, 2009),
19- “O Contador de Histórias” (roteiro de Maurício Arruda, José Roberto Toureiro, Mariana Veríssimo e Luiz Villaça, direção de Luiz Villaça, 2009),
20- “Salve Geral” (roteiro de Patrícia Andrade, direção Sérgio Rezende, 2009),
21- “Broder” (roteiro de Jefferson de e Newton Cannito, direção de Jefferson de 2010),
22- “Cinco vezes favela - Agora por nós mesmos” (diretores Cacau Amaral, Cadu Barcelos, Luciana Bezerra, Manaira Carneiro, Rodrigo Felha, Wagner Novais, Lucian, 2010).