Yara Gomes
Graduanda em Pedagogia
(UEPB)
Monitora de
Extensão/PROEAC-UEPB
Merida desde
criança sempre gostou de viver em liberdade, cresceu gostando de arco e flecha,
cavalo e montanhas, no entanto, tinha sua vida planejada pela sua mãe, vivia a
vida que sua mãe desejava. Uma princesa não faz isso, não faz aquilo, uma
princesa busca sempre andar em perfeição, esse era o lema que ela ouvia sempre,
porém, era a única coisa que sonhava. Via seus três irmãozinhos que podia fazer
tudo, mas ela por ser uma dama, e principalmente princesa, não podia fazer nada
que revelasse ser grossa ou coisa parecida. Até o dia em que ela se rebela
contra sua mãe, casar seria o fim para os seus planos de liberdade, se tornar
como sua mãe era algo que nunca existiria, depois de uma longa cavalgada pela
floresta ela encontra um caminho de luzes mágicas que a leva a casa de uma
bruxa, na qual realiza seu maior desejo, mudar seu destino, mas, isso só seria
possível se sua mãe mudasse, e só um feitiço faria isso, assim Merida
acreditava. Um doce, um feitiço, uma mãe por um urso, não esquecendo que o
grande inimigo de seu pai, era um urso, o qual decepou sua perna há anos atrás,
e agora esconde-la e desfazer o feitiço era o grande desafio de Merida.
Sabemos que os pais
só querem o bem dos seus filhos, e muitas vezes sonham por eles. Médico,
advogado, juiz, modelo, atriz, enfim, qual papai e mamãe não desejam isso para
os seus filhos? As melhores profissões do mundo. Porém, será que esse é o
desejo dos filhos? Os filhos precisam de liberdade, precisam se encontrar
profissionalmente, socialmente, os pais não podem privá-los do que há no mundo,
o bom seria se eles desde cedo os ensinassem a viver no mundo, assim eles
cresceriam preparados. Essa liberdade não seria sair por ai fazendo tudo sem
ordens ou sentido, mas sim com regras e orientações, no qual eles pudessem
pensar, falar, agir como realmente eles pensam, sonhar com seus próprios
sonhos. Não significa deixar de respeitar os pais (assim como Merida fez,
quebrou os laços com sua mãe, pensou em si própria e não nas conseqüências de
um feitiço, se não fosse seu arrependimento, e a quebra de orgulho para pedir
perdão e remendar o que estava separado, sua mãe se tornaria urso para sempre),
mas serem livres em seus pensamentos, livres para escrever a história de cada
um, seguir seus corações, ou seja, serem livres para escolher seu próprio
destino.
“Dizem que nosso
destino está ligado a nossa terra
Que ele é parte de
nós, assim como nós somos dela.
Outros dizem que o
destino é costurado como um tecido,
Onde a cina de um
se interliga a de muitos outros.
É a única coisa que
buscamos ou que lutamos para mudar.
Alguns nunca
encontram o destino, mas outros são levados a ele.”
“Há quem diga que
não se pode controlar o destino
Porque ele não nos
pertence. Mas disso eu sei, nosso destino vive dentro de nós.
Você só precisa ser
valente o bastante para vê-lo.”
REFERÊNCIA:
VALENTE. Direção de Mark Andrews e Brenda Chapman.
Co-diretor, Steve Purcell. Produção, Katherine Sarafian. Produção executiva,
John Lasseter, Andrew Stanton, Pete Docter. Produtor associado, Mary Alice
Drumm. História Original de Brenda Chapman. Supervisor da história, Brian
Larsen. Editor do filme, Nicholas
C. Smith. Designer, Steve Pilcher. 2012. DVD (93 min.). Ntsc, som, color. Idiomas: português, inglês e espanhol. Legendado em português, inglês e
espanhol.